Cerca de 100 profissionais de saúde da região estiveram hoje em Santa Bárbara d'Oeste, participando do 1º Simpósio da Microrregião sobre Sífilis e Sífilis Congênita.
Cerca de 100 profissionais de saúde da região, que atuam em municípios atendidos pela DIR-12 (Direção Regional de Saúde) de Campinas, estiveram reunidos hoje à tarde em Santa Bárbara d'Oeste, participando do 1º Simpósio da Microrregião sobre Sífilis e Sífilis Congênita.
Organizado pela Secretaria Municipal de Saúde, através do Departamento de Vigilância Epidemiológica e do Ambulatório de DST/Aids, o evento teve como principal objetivo atualizar os profissionais de saúde, além de sensibilizá-los sobre a importância do diagnóstico da sífilis, que segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil, no ano de 2003, ultrapassavam 935 mil casos.
Na abertura dos trabalhos o secretário de Saúde, Dr. Carlos Alberto Cavalcante, falou da importância do encontro. "A grande importância desse primeiro simpósio é que a gente tem que sensibilizar esses profissionais não só para que eles aprendam, mas também para que eles possam ser agentes multiplicadores, colocando em prática o que viram aqui, e sensibilizando a população alvo, que são os pacientes que passam por eles", disse.
O 1º Simpósio contou com a palestra do Dr. Rubens Matsuo, do Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS do Programa Estadual de DST/AIDS e da Liga do Combate das DSTs da Escola Paulista de Medicina, que falou sobre a sífilis como doença e seu tratamento.
Também proferiu palestra aos participantes do evento, a Dra. Helaine Milanez, Professora e Doutora Assistente do Departamento de Tocoginecologia da Disciplina de Obstetrícia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), que abordou a sífilis congênita e seu tratamento.
Finalizando o ciclo de palestras, o enfermeiro Aparecido Donizete Paulino, coordenador da Vigilância Epidemiológica de Santa Bárbara d'Oeste, discorreu sobre "Situação Epidemiológica" e as ações desenvolvidas no Município.
A Sífilis é uma doença causada por bactéria e tem 3 estágios de desenvolvimento. No primeiro provoca feridas nos genitais, na segunda fase, apresenta manchas nos pés e mãos e na terceira, pode evoluir provocando cegueira, paralisia, doenças cardíacas, neurológicas e até a morte. É transmitida através de relação sexual (contato com órgãos sexuais ou a secreção vaginal ou sêmen na relação vaginal, oral ou anal); pela mãe para o bebê durante a gravidez (congênita); e pela transfusão de sangue não-testado.
A prevenção se dá com o uso regular de camisinha masculina ou feminina nas relações sexuais vaginais e orais; usando camisinha masculina ou feminina e lubrificantes a base de água (KY, Preserv Gel) nas relações sexuais anais; fazendo o exame de sífilis no pré-natal para evitar a contaminação do bebê; recebendo transfusão de sangue sempre testado. Também é bom realizar sempre o Auto-Exame, observando os próprios órgãos genitais, vendo se a cor, aparência, cheiro e pele estão saudáveis.