A Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste, por meio do Departamento de Vigilância em Zoonoses, vinculado à Secretaria de Saúde, reforça as orientações à população sobre os cuidados com a febre maculosa – doença grave transmitida pela picada do carrapato-estrela. A informação correta é fundamental para prevenir casos graves da doença, que pode evoluir rapidamente e ser letal se não for tratada no início dos sintomas.
Toda pessoa que apresentar sintomas até 15 dias após ter sido picada por um carrapato ou frequentado áreas de risco deve ser considerada um caso suspeito de febre maculosa. Nestes casos, o tratamento com antibióticos deve ser iniciado imediatamente, sem a necessidade de aguardar o resultado de exames laboratoriais, pois a doença pode evoluir rapidamente e se tornar fatal.
Os agentes de controle de endemias do Departamento de Vigilância em Zoonoses (DVZ) realizam visitas a todos os pacientes que foram notificados como suspeitos de febre maculosa, com o objetivo de identificar o local onde a pessoa possivelmente pegou o carrapato, bem como reforçar a orientação para do paciente sobre a importância de realizar a coleta da sorologia para confirmação laboratorial. Além disso, os moradores são orientados sobre medidas preventivas e cuidados para impedir o parasitismo. No ano de 2025, os agentes já realizaram 51 visitas dessa natureza.
Além das visitas aos casos suspeitos, o Departamento de Vigilância em Zoonoses realiza ações educativas para orientação da população sobre os cuidados necessários para prevenção do parasitismo e da febre maculosa. Em 2025, o departamento já realizou 25 ações educativas, entre palestras e exposições, que atenderam diretamente 1.231 participantes.
A partir das informações destas visitas e do resultado dos exames laboratoriais, a Vigilância Epidemiológica e o DVZ realizam periodicamente um mapeamento para identificação das áreas de risco e áreas de transmissão da doença. Todas estas áreas possuem placas de identificação com alertas para a população sobre os locais com a presença de carrapato-estrela.
Doença
A febre maculosa brasileira é uma doença infecciosa de letalidade alta, causada por uma bactéria da espécie Rickettsia rickettsii. Esta bactéria é transmitida ao homem em nossa região por meio da picada do carrapato (vetor) da espécie Amblyomma sculptum, popularmente denominado de carrapato estrela. O carrapato é de ocorrência comum em capivaras, gambás e outros animais silvestres, mas também pode acometer animais domésticos, como cavalos e cães.
O diagnóstico da doença é realizado pelo Instituto Adolfo Lutz, a partir de duas amostras de soro colhidas com intervalo de 14 a 21 dias. A comparação da titulação das duas amostras é que vai determinar se o caso é confirmado ou descartado. A confirmação do diagnóstico é imprescindível para a determinação de áreas de risco e de transmissão da doença. Portanto é fundamental que as pessoas suspeitas retornem a unidade de saúde para coleta da segunda amostra, mesmo após o tratamento.
Devido à presença e ao comportamento do carrapato vetor, a doença é mais comumente adquirida por pessoas que frequentam áreas rurais e peri urbanas, regiões com matas e capineiras, próximas a cursos d’água como rios, córregos e lagoas.
Orientações
Os sintomas da doença se caracterizam por febre de aparecimento súbito, mal estar geral, dores musculares e na cabeça, podendo ainda aparecer vômitos e diarréia. Com a evolução podem aparecer as manchas avermelhadas nos membros inferiores, na palma das mãos e planta dos pés. A doença possui tratamento por meio de antibiótico específico disponibilizado pelo SUS (Sistema Único de Saúde), mas que deve ser iniciado nos primeiros sinais e sintomas.
É importante a população ficar alerta quanto a frequentar áreas de risco de transmissão da doença (matas, beiras de rio, áreas de pescaria, etc) e, apresentando os sintomas (febre, dor no corpo, fraqueza), procurar um serviço de saúde para início do tratamento, relatando ao médico que frequentou áreas de risco e/ou teve contato com carrapatos nos últimos 15 dias.
Em caso de dúvidas, o cidadão pode entrar em contato pelo telefone (19) 3463.8099, de segunda a sexta-feira, das 9 às 16 horas, ou pelo e-mail: ccz.saude@santabarbara.sp.gov.br.