O secretário de Saúde de Santa Bárbara d´Oeste, Dr. Carlos Alberto Cavalcante, reuniu ontem à tarde (17/11), os coordenadores do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), da Vigilância Sanitária e da Vigilância Epidemiológica. A reunião ocorreu no Centro de Saúde e o tema foi a febre maculosa. No encontro foram apresentados os indicativos atualizados da doença e as ações de alerta adotadas. Até ontem haviam sido registrados 16 casos suspeitos da doença, sendo que os pacientes estão sob tratamento e observação. Nenhum caso foi confirmado ainda, já que os resultados dos primeiros exames só deverão ficar prontos em duas semanas.
"Segundo exigência do Instituto Adolfo Lutz de São Paulo, são necessárias duas amostras de sangue para se obter resultados conclusivos. A segunda amostra deve ser coletada a partir de 14 dias da primeira", justificou o coordenador da Vigilância Epidemiológica, Aparecido Donisete Paulino. Ele revelou que em apenas sete pacientes, foi feita a segunda coleta, já que há certa resistência por parte dos pacientes. "Como após iniciar o tratamento com antibióticos, os sintomas desaparecem, algumas pessoas desistem de continuar a investigação", contou o coordenador.
Ele disse que já foram feitas diversas convocações, não atendidas, por isso o setor irá até o paciente, para fazer a coleta. "O segundo exame é a contra prova que vai confirmar ou descartar a incidência da febre maculosa na cidade. O resultado irá nos indicar as ações necessárias, por isso contamos com a colaboração de todos", enfatizou. Dentre as pessoas suspeitas de terem contraído a doença, apenas duas não relataram contato com carrapato, mas admitiram ter passado por área de pasto ou sítio, além de terem apresentado sintomas característicos da fase inicial da doença (febre alta).
Ações
Dentro do estado de alerta para a febre maculosa no município, estão em andamento as seguintes ações: 1- Sentinela da maculosa nos Prontos Socorros, sendo que os mesmos estão equipados com kits para coleta de sangue em casos suspeitos e a imediata distribuição de medicações específicas; 2- Distribuição de material técnico educativo aos profissionais da saúde das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Pronto Socorros e médicos da rede privada; 3- Distribuição de material educativo e informativo nas UBSs; 4- Levantamento nos 80 pontos estratégicos de análise qualitativa da presença ou não do carrapato estrela, através da metodologia de armadilha com CO2 ou arrasto com CO2; 5- Ações educativas, notificações, avaliações ambientais e atendimento a denúncias (Vigilância Sanitária e CCZ); 6- Durante visitas domiciliares, médicos veterinários do CCZ estão prescrevendo o uso de medicamentos ideal para cada caso em que existam animais com carrapato;