Folhetos explicativos serão distribuídos nas Unidades Básicas de Saúde.
Em comemoração ao Dia Internacional de Luta Contra a Hanseníase (29/01), a Secretaria de Saúde de Santa Bárbara d´Oeste realiza, na semana que vem, ações de divulgação e educativas, alusivas a doença. Folhetos explicativos serão distribuídos nas Unidades Básicas de Saúde e um filme institucional sobre o tema será apresentado ao longo desses dias no Ambulatório de Hanseníase.
A Secretaria de Saúde possui um ambulatório próprio e especializado para tratamento da Hanseníase. O atendimento é feito no Centro de Saúde, de segunda a sexta-feira, das 7 às 16 horas e na terça-feira, às 10 horas, são feitas as avaliações médicas. Atualmente, o Ambulatório de Hanseníase acompanha e trata 42 pessoas acometidas pela enfermidade. Os medicamentos são fornecidos gratuitamente a todos os pacientes. A equipe do Ambulatório é formada por um dermatologista, especializado em hanseníase, duas técnicas em enfermagem e uma enfermeira. Quando há necessidade é feito o encaminhamento para o serviço de psicologia da rede pública. Segundo o coordenador da Vigilância Epidemiológica, Aparecido Donisete Paulino, em 2005, 14 casos de hanseníase foram notificados no Município e em 2006, 10 casos.
Características da Hanseníase
A hanseníase pode atingir diversos nervos do corpo, principalmente nos braços e pernas, causando atrofia dos órgãos com o avanço da enfermidade. Olhos e nariz também podem ser atingidos. Os sinais mais aparentes são manchas pálidas, esbranquiçadas ou avermelhadas, em qualquer parte do corpo, redução ou ausência de sensibilidade ao calor, frio, tato e a dor. Formigamento, dormência, queda de pêlos da sobrancelha, dores e fisgadas ao longo dos nervos braços e pernas, caroços ou inchaços no rosto, orelhas e cotovelos, entupimento constante do nariz, com corrimento de um pouco de sangue.
Existem dois tipos da doença: 1) Paucibacilar (com poucos bacilos) - trata-se de forma mais rápida com dose mensal de medicamentos por seis meses e ingestão diária de comprimidos; 2) Multibacilar (com muitos bacilos) - tratamento longo, sendo 12 doses do medicamento, uma por mês, além de dois outros remédios, de doses diárias, por período de dois anos. Os comunicantes do doente, (pessoas que residem com o paciente e por isso estão mais expostas as contaminações), também são acompanhadas.
Transmissão
Ocorre pelas vias aéreas, sendo que uma pessoa infectada libera o bacilo no ar, havendo a possibilidade da transmissão. Vale ressaltar que a infecção somente ocorre após contato freqüente com a pessoa, dificilmente acontecendo após um único e simples encontro social. De cada sete doentes, apenas um oferece perigo de contaminação e de oito pessoas que tem contato com o paciente com possibilidade de contaminação, apenas dois contraem a doença e ainda assim, somente um torna-se infectante já que a maioria das pessoas é resistente ao bacilo. A hanseníase é contagiosa e não é hereditária.
Histórico
A Hanseníase, mais conhecida como "lepra" e também como morféia ou mal de Lázaro, é uma enfermidade de tempos remotos, existindo alusões à mesma em diversos escritos antigos, como a Bíblia e outros da Ásia, anteriores a 2.600 a.C. Passou a ser conhecida como Hanseníase em 1873, quando o médico norueguês Gerhard Henrick Armauer Hansen (1841/1912), identificou o Mycobacterium leprae, agente causador doença.