A transferência do jacaré de papo amarelo existente no recinto do antigo Parque Ecológico de Santa Bárbara d'Oeste, prevista para a manhã desta quinta-feira, foi adiada.
A transferência do jacaré de papo amarelo existente no recinto do antigo Parque Ecológico de Santa Bárbara d'Oeste, prevista para a manhã desta quinta-feira, foi adiada. O motivo, segundo a veterinária do Viveiro Municipal, Maria Cândida Vieira Miguel, é que a equipe do criadouro de Artur Nogueira, que viria buscar o animal, teve que atender uma emergência envolvendo outro réptil, em Atibaia. A equipe do Viveiro ainda tentou laçar o jacaré, preparando-o para a remoção, mas não obteve sucesso, já que o mesmo submergiu no lago.
"A notícia da transferência do jacaré atraiu algumas pessoas ao local, que geralmente é tranqüilo, e isto pode ter feito ele se esconder", ponderou a veterinária. Ela também disse que optou em não provocar a saída do animal do local, para não despertar sua agressividade ou estressá-lo, o que dificultaria o seu transporte. De acordo com a veterinária, o ideal é fazer a imobilização assim que ele sair naturalmente do lago para tomar sol ou se alimentar, o que ocorre ao longo do dia.
A veterinária ainda disse que a transferência do animal poderá ocorrer ainda amanhã, ou em outra data que for agendada pela equipe de Artur Nogueira. "Estou aguardando um novo contato com o responsável pelo criadouro, para saber a sua disponibilidade", contou Cândida. Ela admitiu que a tentativa de hoje foi válida, pois foi possível detectar as possíveis dificuldades para a capturar do animal e fazer os ajustes necessários para a próxima tentativa.
Ibama
A transferência foi possível com o auxílio do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente), que participou de todo o processo para encontrar um local adequado para o animal. "Na verdade o jacaré é o primeiro animal remanescente do antigo Parque que está sendo remanejado. Estamos aguardando autorização do Ibama para providenciarmos a mudança dos demais bichos", falou a veterinária do Viveiro. No local ainda existem quatro macacos prego, três galinhas japonesas, três cães do mato e dois ouriços. Vários outros animais já haviam sido transferidos para outras cidades da região, na época que o Parque foi fechado, há cerca de cinco anos.