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Ana Beatriz Araújo está no terceiro ano do Ensino Fundamental da Emefei "Profª Purificacion S. Fonseca" - Dona Pura, do Jardim Monte Líbano. Durante a pandemia ela estava no processo de alfabetização. Ela é uma das quase 1.500 crianças que frequentam o Programa de Recomposição de Aprendizagem na Rede Municipal de Santa Bárbara d´Oeste. De acordo com sua mãe, Lindamir de Araújo, as aulas têm ajudado muito. “A Ana tem evoluído bastante, ela não perde uma aula de reforço, gosta muito”, disse.

A Prefeitura de Santa Bárbara d´Oeste, por meio da Secretaria de Educação, segue um plano estratégico para garantir a alfabetização das crianças que sofreram o impacto da pandemia no momento em que aprenderiam a ler e escrever. O programa acontece desde março na Rede Municipal de Santa Bárbara d´Oeste abrangendo 40% dos alunos matriculados entre o 2º e 5º ano do Ensino Fundamental e tem 49 professores na linha de frente, com formação específica para esta finalidade. Os resultados são bem positivos, de acordo com a secretária de Educação, Tânia Mara da Silva.

“Cada escola faz o diagnóstico das crianças para saber em que momento de aprendizagem essa criança está. O professor elabora um plano de trabalho de acordo com a necessidade da crianças. O prefeito Rafael Piovezan determinou a contratação de mais profissionais para esse trabalho. Investimos em formação e material didático e estamos na escuta das escolas, acompanhando cada passo e avaliando o processo para possíveis reformulações no percurso”, disse a secretária de Educação, Tânia Mara da Silva.

“Nós acreditamos no potencial dessas crianças e estamos recuperando esse importante processo de alfabetização. A medida que a criança se apropria da oportunidade de ler e escrever, é como se o mundo de descortinasse e a maneira de olhar e interagir com o mundo muda, e esse é um direito garantido”, completou a secretária de Educação, Tânia Mara da Silva.

Os professores contratados para o Reforço Escolar passam por formação na Secretaria de Educação e atualização bimestral, elaborando um plano de trabalho específico para a realidade de cada turma, de cada escola. “Para elaborar nosso plano de trabalho partimos do conhecimento que a criança tem, este é o ponto de partida”, disse a professora Camila Frezzarin, da Emefei “Dona Pura”.

As aulas de reforço seguem uma sequência e, por meio dela, o desenvolvimento acontece. “O tema escolhido para esse semestre foi de animais marinhos, através da curiosidade dos alunos e de uma sequência didática proposta na Secretaria de Educação. Eles seguiram várias etapas, como pesquisa em textos científicos, desenvolvimento do formato ‘você sabia’, até a elaboração de um jogo da memória. As etapas envolvem alfabetização, leitura, interpretação e matemática”, disse a professora de reforço Flavia Meloni, da ADI "Dr. Euvaldo de Queiroz Dias", do Jardim Esmeralda.

Outro desafio é a frequência nas aulas. “Nós trabalhamos com atividades sequenciadas e o apoio da família é importante para a assiduidade e o avanço na aprendizagem”, disse a professora da ADI “Euvaldo”, Carla Caetano. “Muitas famílias diziam que no horário contrário da aula não seria possível retornar a escola e trazer a criança. Então criamos o plano de ação emergencial, que consiste em atender a criança dentro do próprio período de aula dela, garantindo o direito que este aluno tem de desenvolver a aprendizagem”, comentou a coordenadora da ADI “Euvaldo”, Fabiana Cordeiro.

De acordo com a dirigente da ADI Euvaldo, Sonia Silveira, é notável a evolução dos alunos que participam das aulas. “O resultado está acima do esperado e isso é muito gratificante para nós educadores. Isso também nos motiva e nos faz ver que não há melhor lugar de aprender e crescer do que na escola”, disse a diretora.

A Rede Municipal de Ensino atende mais de 15 mil alunos, da creche ao EJA (Educação de Jovens e Adultos). Durante a pandemia, os estudantes tiveram acesso à video-aulas e atendimento por meio de redes sociais para seguirem os conteúdos programados. Em agosto de 2021 foi iniciado o Plano de Retomada das Aulas Presenciais, com o início das aulas de maneira facultativa e gradativa de acordo com a capacidade de cada escola, em ação conjunta entre as secretarias de Educação e Saúde, seguindo as diretrizes do Plano São Paulo.