Vasos de plantas e baldes lideram focos do mosquito da dengue; levantamento corresponde às amostras analisadas desde o início do ano
As ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e de outras arboviroses, seguem intensificadas em várias frentes em Santa Bárbara d’Oeste. Uma das atividades executadas rotineiramente é a coleta e análise de larvas encontradas nos diversos criadouros. Em relação às amostras analisadas, 73% foram identificadas como sendo do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, com as outras 27% pertencendo a outras espécies de culicídeos (mosquitos, pernilongos e muriçocas).
Desde o início do ano, dos mais de 20 mil recipientes encontrados com água parada no Município, 298 continham larvas de mosquito, em análise realizada, durante as ações, pelos agentes do Setor de Combate de Vetores do Departamento de Vigilância em Zoonoses (DVZ).
De acordo com o setor, os recipientes com água e com larvas são eliminados no momento da visita, tratados com larvicida quando há impossibilidade de remoção imediata, ou uma nova vistoria é realizada para verificar a eliminação dos mesmos.
Os criadouros mais encontrados nas ações incluem vasos de planta com pratinhos, onde a água acumulada serve de ambiente ideal para a proliferação dos mosquitos, vasos de plantas sem a devida drenagem e plantas mantidas diretamente na água. Somados, esses três tipos de recipientes relacionados a vasos de plantas totalizaram 60 criadouros encontrados e eliminados desde o início do ano.
Outros locais frequentemente apontados como focos do mosquito são baldes com água parada, nos quais foram identificadas e coletadas larvas em 52 ocasiões, além de latas e recipientes plásticos diversos, que somaram 36 coletas.
As lonas utilizadas para cobrir objetos e materiais também se destacam como ambientes propícios para o acúmulo de água e, consequentemente, para o desenvolvimento de larvas. Nesse tipo de situação, foram registrados 24 pontos com água parada. Para além desses tipos mais frequentes, o Setor de Combate de Vetores destaca que foram encontradas larvas de Aedes aegypti, em menor escala, também em pneus, vasos sanitários, ralos externos e até mesmo em bromélias.
O Município de Santa Bárbara d'Oeste mantém ações contínuas de combate à dengue. Dentre elas, destacam-se a retirada de criadouros, a nebulização costal e veicular, o monitoramento entomológico e a instalação de armadilhas disseminadoras de larvicidas. Além disso, houve ampliação da capacidade de assistência aos pacientes com suspeita da doença, nas Unidades Básicas de Saúde e a criação de anexos e salas de hidratação nos prontos-socorros.
Orientações
A Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste reforça que a participação da população é essencial e incentiva a receber os agentes de controle de endemias, que orientam sobre medidas simples e eficazes para evitar a proliferação do Aedes aegypti. Todas as ações são gratuitas e não há cobrança de taxas para nenhum serviço ou produto utilizado.
As orientações para a população são simples e podem salvar vidas:
- Utilizar tampas e telas para vedar baldes e tambores de armazenamento de água;
- Armazenar objetos em local coberto, ou descartar, de forma adequada, o material que não vai mais utilizar. O Município dispõe de Ecopontos e do serviço de coleta de resíduos regular;
- Limpar as calhas e caixas d'água;
- Não armazenar pneus e garrafas em local descoberto;
- Não deixar plantas na água, utilizando sempre vasos com terra;
- Verificar a drenagem dos vasos de planta, para que não acumulem água;
- Não utilizar pratinhos embaixo dos vasos;
- Evitar bromélias, em centros urbanos, pois elas também servem como criadouro de Aedes aegypti;
- Usar telas nas caixas d'água;
- Instalar telas mosquiteiras em janelas e portas;
- Limpar e fazer o tratamento adequado nas piscinas.
Em caso de sintomas como febre alta, dor de cabeça, dor no fundo dos olhos, manchas vermelhas na pele e dores no corpo, é fundamental procurar a unidade de saúde mais próxima e evitar a automedicação, pois alguns medicamentos podem agravar o quadro clínico.
Vale ressaltar que a pessoa também deve ficar atenta aos sinais de alarme para a dengue que incluem dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, queda abrupta na temperatura do corpo, sangramentos, agitação ou sonolência, choro persistente em crianças, tontura ou desmaio, pele fria e pálida, dificuldade de respirar e diminuição da quantidade de urina. Esses sintomas podem aparecer a partir do terceiro dia da doença e indicar agravamento do quadro. Neste caso, é primordial procurar o serviço de saúde imediatamente.
Para mais informações sobre as ações e serviços, os cidadãos podem entrar em contato pelo telefone (19) 3463.8099, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 16 horas. O Departamento de Vigilância em Zoonoses está localizado na Estrada da Cachoeira, 1.365, bairro São Joaquim.