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OUT
06
06 OUT 2005
Hanseníase:campanha estadual começa hoje
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Entre os dias 6 e 12 de outubro acontece a Campanha Estadual contra a Hanseníase, com o tema "Hanseníase: difícil de falar, fácil de curar".
Entre os dias 6 e 12 de outubro acontece a Campanha Estadual contra a Hanseníase, com o tema "Hanseníase: difícil de falar, fácil de curar". A Secretaria de Saúde de Santa Bárbara d'Oeste estará participando da campanha, que consiste em sensibilizar a população e os profissionais da área da saúde, com a divulgação de informações sobre a doença. Para tanto a Secretaria distribuiu mais de 300 cartazes alusivos à hanseníase, em locais estratégicos como escolas, consultórios odontológicos e médicos, postos de saúde, faculdades, entre outros.

Atualmente 20 pacientes são acompanhados e tratados no Ambulatório de Hanseníase, no Centro de Saúde, que possui médico dermatologista e uma técnica em enfermagem. O tratamento é realizado de segunda a sexta-feira, das 7 às 16 horas e às quintas-feiras, às 10 horas da manhã, são feitas as avaliações médicas. Os medicamentos são fornecidos de forma personalizada e gratuitamente, até o encerramento do tratamento e quando há necessidade, o paciente é encaminhado para o serviço de psicologia da rede pública. De acordo com dados da Vigilância Epidemiológica, neste ano foram registrados dez novos casos da doença na cidade, mas a tendência é de declínio : Ano 2002 2003 2004 2005 (até Junho) Casos 27 16 10 10 Fonte : Vigilância Epidemiológica SBO

Características A hanseníase pode atingir diversos nervos do corpo, principalmente nos braços e pernas, causando atrofia dos órgãos com o avanço da enfermidade. Olhos e nariz também podem ser atingidos. Os sinais mais aparentes são manchas pálidas, esbranquiçadas ou avermelhadas, em qualquer parte do corpo, redução ou ausência de sensibilidade ao calor, frio, tato e a dor. Formigamento, dormência, queda de pêlos da sobrancelha, dores e fisgadas ao longo dos nervos braços e pernas. Outros: caroços ou inchaços no rosto, orelhas e cotovelos entupimento constante do nariz, com corrimento de um pouco de sangue.

Existem dois tipos da doença: 1) Paucibacilar (com poucos bacilos) - trata-se de forma mais rápida com dose mensal de medicamentos por seis meses e ingestão diária de comprimidos; 2) Multibacilar (com muitos bacilos) - tratamento longo, sendo 12 doses do medicamento, uma por mês, além de dois outros remédios, de doses diárias, por período de dois anos. Os comunicantes do doente, (pessoas que residem com o paciente e por isso estão mais expostos a contaminação), também são acompanhadas. Transmissão Ocorre pelas vias aéreas, sendo que uma pessoa infectada libera o bacilo no ar, havendo a possibilidade da transmissão. Vale ressaltar que a infecção somente ocorre após contato freqüente com a pessoa, dificilmente acontecendo após um único e simples encontro social. De cada sete doentes, apenas um oferece perigo de contaminação e de oito pessoas que tem contato com o paciente com possibilidade de contaminação, apenas dois contraem a doença e ainda assim, somente um torna-se infectante já que a maioria das pessoas é resistente ao bacilo. A hanseníase não é hereditária, mas apenas contagiosa. Histórico A Hanseníase, mais conhecida como "lepra" e também como morféia ou mal de Lázaro, é uma enfermidade de tempos remotos, existindo alusões à mesma em diversos escritos antigos, como a Bíblia e outros da Ásia, anteriores a 2.600 a.C. Passou a ser conhecida com Hanseníase em 1873, quando o médico norueguês Gerhard Henrick Armauer Hansen (1841/1912), identificou o Mycobacterium leprae, agente causador doença.

Preconceito/Estigma O isolamento e a internação compulsória de pessoas com hanseníase fazem parte do passado, mas o estigma ainda persiste e mostra-se mais resistente que a própria doença. Conhecida antigamente como lepra e típica de países subdesenvolvidos, a doença provoca lesões na pele, sendo bastante aparente. Pior que isso, afeta de forma brutal a auto-estima dos portadores.

Na Antigüidade, as pessoas vítimas da doença eram segregadas das comunidades sob a orientação da Igreja Católica, que as considerava impuras, pecadoras, sem moral e, portanto, punidas por Deus. Hoje, sabe-se que a doença não é tão contagiosa quanto se pensava. Ela só é transmissível quando o portador apresenta a forma mais grave (multibacilar), não é tratado e vive em aglomerações, sem condições adequadas de higiene. Logo após o início do tratamento, o risco acaba.

Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente a doença acomete um milhão de pessoas em todo o mundo e que entre 2 e 3 milhões de estejam permanentemente incapacitadas pela hanseníase. Hoje, no Brasil, mesmo com a difusão de informações sobre a doença e a facilidade do tratamento, muitas pessoas acometidas pela doença se "escondem". Segundo relato de médicos especializados no tratamento da Hanseníase, as vítimas da doença acabam se isolando por um período, por temer a rejeição de vizinhos e amigos. Mesmo após curados, os pacientes evitam dizer que foram portadores da enfermidade. A Situação no Brasil A hanseníase é considerada uma doença grave, no entanto possui cura em 100 % dos casos tratados adequadamente. Apesar disso, os índices da doença ainda são elevados em todo o mundo e o Brasil figura em segundo lugar no ranking mundial (segundo estatística do Ministério da Saúde, são quatro casos para cada 10 mil habitantes), perdendo somente para a Índia. Anualmente são diagnosticados no país em torno de 43.000 novos casos da doença. Até 2000, 89 nações já haviam honrado o compromisso, mas o Brasil não. No ano passado 68.646 brasileiros ainda viviam com hanseníase, ou 3,8 em cada 10 mil. Dois terços desses casos (42.241) surgiram em 2003, o que significa um novo hanseniano a cada 12 minutos.

Para reverter a situação, o Ministério da Saúde está investindo no diagnóstico precoce. O país tem como meta com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a eliminação da hanseníase como problema de saúde pública até o final deste ano (2005). Espera-se até lá alcançar a taxa de prevalência menor que 1 doente a cada 10.000 habitantes. Os progressos rumo à eliminação da doença no país são evidentes. A taxa de prevalência nos últimos 15 anos foi reduzida em mais de 80% e em dois estados a hanseníase já foi eliminada, segundo os critérios da OMS (Rio Grande do Sul e Santa Catarina). Em pelo menos mais quatro está em vias de eliminação, antes da data estabelecida (São Paulo, Paraná, Distrito Federal e Rio Grande do Norte).
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