A Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste, por meio do Departamento de Vigilância em Zoonoses, vinculado à Secretaria de Saúde, intensificou nesta semana as ações de vigilância e prevenção à Febre Maculosa no Complexo da Usina Santa Bárbara. Equipes técnicas realizaram uma investigação acarológica no local para verificar a presença de carrapatos, identificar as espécies existentes e avaliar o grau de infestação.
O trabalho seguirá nos parques dos Ipês, Araçariguama, Taene, dos Jacarandás e das Paineiras, buscando identificar o grau de risco ao parasitismo por carrapatos e definir as medidas preventivas necessárias para reduzir eventuais riscos e prevenir a transmissão da doença.
As ações incluem a análise do ambiente com foco em possíveis hospedeiros, como capivaras, cavalos, cães e animais silvestres, além do estado da vegetação e das estruturas físicas, como cercas, portões e alambrados, que podem permitir a entrada de animais. A investigação é realizada por meio de observação direta, indícios indiretos (como fezes ou pegadas) e a busca ativa de carrapatos com pano de arrasto.
A vigilância é feita de forma ativa e também a partir de reclamações da população (vigilância passiva). Quando necessário, medidas corretivas são aplicadas, como reparos em cercas, roçagem da vegetação e sinalização de áreas de risco. Vale lembrar que todas estas áreas possuem placas de identificação com alertas para a população sobre os locais com a presença de carrapato-estrela.
Orientações
Os sintomas da doença se caracterizam por febre de aparecimento súbito, mal estar geral, dores musculares e na cabeça, podendo ainda aparecer vômitos e diarréia. Toda pessoa que apresentar sintomas até 15 dias após ter sido picada por um carrapato ou frequentado áreas de risco deve ser considerada um caso suspeito de febre maculosa. Nestes casos, o tratamento com antibióticos deve ser iniciado imediatamente, sem a necessidade de aguardar o resultado de exames laboratoriais, pois a doença pode evoluir rapidamente e se tornar fatal.
É importante a população ficar alerta quanto a frequentar áreas de risco de transmissão da doença (matas, beiras de rio, áreas de pescaria, etc) e, apresentando os sintomas (febre, dor no corpo, fraqueza), procurar um serviço de saúde para início do tratamento, relatando ao médico que frequentou áreas de risco e/ou teve contato com carrapatos nos últimos 15 dias.
Doença
A febre maculosa brasileira é uma doença infecciosa de letalidade alta, causada por uma bactéria da espécie Rickettsia rickettsii. Esta bactéria é transmitida ao homem em nossa região por meio da picada do carrapato (vetor) da espécie Amblyomma sculptum, popularmente denominado de carrapato estrela. O carrapato é de ocorrência comum em capivaras, gambás e outros animais silvestres, mas também pode acometer animais domésticos, como cavalos e cães.
O diagnóstico da doença é realizado pelo Instituto Adolfo Lutz, a partir de duas amostras de soro colhidas com intervalo de 14 a 21 dias. A comparação da titulação das duas amostras é que vai determinar se o caso é confirmado ou descartado. A confirmação do diagnóstico é imprescindível para a determinação de áreas de risco e de transmissão da doença. Portanto é fundamental que as pessoas suspeitas retornem a unidade de saúde para coleta da segunda amostra, mesmo após o tratamento.
Devido à presença e ao comportamento do carrapato vetor, a doença é mais comumente adquirida por pessoas que frequentam áreas rurais e peri urbanas, regiões com matas e capineiras, próximas a cursos d’água como rios, córregos e lagoas.
Em caso de dúvidas, o cidadão pode entrar em contato pelo telefone (19) 3463.8099, de segunda a sexta-feira, das 9 às 16 horas, ou pelo e-mail: ccz.saude@santabarbara.sp.gov.br.